sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Depois de um ano cheio de confusões e de muito trabalho duro (terceiro ano não é fácil mesmo) cá estou eu, tentando levantar esse blog mais uma vez. Minha missão é tentar postar aqui pelo menos uma vez na semana durante esse ano e conseguir finalizar alguns dos meus projetos de livros.

Então mãos a obra!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Love Endures

O céu estava negro como um macio veludo, cravejado de estrelas que mais pareciam diamantes. Seu brilho refletia nos olhos do rapaz, que admirava aquela imensidão deitado no terraço da sua casa. Mas seus pensamentos estavam a milhares de quilômetros dali, seguindo os passos da bela menina de cabelos vermelhos e olhos de vivo azul que havia roubado seu coração tempos atrás.
Uma das estrelas pareceu se desprender do firmamento, cruzando o céu veloz. Ele manteve seus olhos fixos no feixe de luz, desejando com fervor que seu pedido fosse atendido. Com um suspiro triste ele levantou, voltando para dentro da casa; o simples ato de olhar as estrelas o lembrava das noites que eles passaram juntos sob aquele mesmo céu.
-Tudo passado – Ele disse em voz alta, tentando convencer a si mesmo da verdade: ela havia partido.
Hugo foi arrastando os pés até seu quarto, tentando reprimir todas aquelas lembranças. Passou as mãos pelo cabelo, bagunçando ainda mais a confusão de mechas negras. Ele caminhou até o espelho, imaginando o quanto sua confusão mental estaria refletindo em sua aparência. Mas quando seus olhos focalizaram a superfície plana de vidro não era seu reflexo que o encarava com olhos cansados.
Ele via um quarto desconhecido, decorado com tons pastéis e detalhes femininos. Mas sua atenção foi presa pela figura sentada na escrivaninha, digitando freneticamente num notebook. As ondas vermelhas que rodeavam os ombros dela eram tão familiares que ele podia sentir sua textura na ponta dos dedos.
-Melinda – Ele sussurrou, sem acreditar.
Ela fechou os olhos, como se pudesse ouvir o chamado dele. Melinda pegou o porta-retrato que repousava ao lado do computador, alisando a imagem com ternura. Ele sorriu ao ver que era uma foto dos dois juntos, num dos tantos passeios que fizeram naquele verão.
Ele espalmou com força sua mão sobre a superfície do vidro, desejando poder atravessá-lo e envolvê-la num abraço apertado. Melinda se sobressaltou em sua cadeira, olhando para o espelho e, conseqüentemente para ele. Seus olhos se abriram de espanto, e ela se levantou em um pulo. Melinda também parecia não acreditar no que via, se aproximando com cautela do espelho, até estar frente a frente com ele.
-Hugo – sua voz tremeu ao pronunciar o nome dele.
A dor que assolava seu peito desde sua partida pareceu aumentar, enchendo seus olhos com lágrimas. Ela pousou sua mão sobre a dele, quase podendo sentir o calor que emanava dela.
-Sinto sua falta – Ele declarou com a voz embargada. Vê-la havia trazido o brilho de volta para a sua vida instantaneamente.
-Eu também te amo – Melinda sorriu, deixando algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
-Sempre – Hugo completou baixinho, fechando os olhos por um instante. Ao reabri-los tudo que viu foi seu reflexo, com os olhos cheios de lágrimas e a decepção estampada no rosto.
Ele sentou na cama, ainda encarando o espelho com esperança que ela voltasse; que ele pudesse vê-la sorrir mais uma vez. Mas nada aconteceu. E seu mundo voltou a ser irremediavelmente cinza.

sábado, 14 de novembro de 2009


voce encontra um amigo especial. Alguém que muda a sua vida só por fazer parte dela. Alguém que faz voce rir até não conseguir mais parar. Alguém que faz voce acreditar que realmente existe bondade no mundo. Alguém que te convença que existe uma porta destrancada só esperando voce para abrir. Isso é uma amizade para sempre. Quando voce está deprimido e o seu mundo parece escuro e vazio, seu amigo-para-sempre te levanta espiritualmente e faz o seu mundo escuro e vazio de repente parecer brilhoso e "cheio". Seu amigo-para-sempre te ajuda nos momentos difíceis, tristes e confusos. Se voce der meia-volta e for embora, o seu amigo-para-sempre te segue. Se voce perder o seu rumo, o seu amigo-para-sempre guia voce e te anima. O seu amigo-para-sempre segura a sua mão e diz que tudo vai ficar bem. E se voce achar um amigo como esse, se sentirá feliz e completo porque não precisará se preocupar. Voce tem um amigo-para-sempre, e "para sempre" não tem fim.


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Não achei o(a) autor(a), mas amei esse texto

:*

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Per Sempre

When you're gone the pieces of my heart are missing you
When you're gone the face I came to know is missing too
When you're gone the words I need to hear
to always get me through the day
And make it ok
I miss you

I've never felt this way before
Everything that I do, reminds me of you
And the clothes you left, they lie on the floor
And they smell just like you, I love the things that you do

(...)
We were made for each other
out here forever
I know we were

Yeah yeah

All I ever wanted was for you to know
Everything I do I give my heart and soul
I can hardly breathe I need to feel you here with me

(When You're Gone - Avril Lavigne)


O mar se estendia escuro a minha frente. Sua superfície refletia as poucas estrelas que estavam no céu como um espelho tremulo. Meu cabelo serpenteava ao sabor do vento que soprava em direção ao continente. Pequenas marolas quebravam na praia com suavidade, acariciando a areia branca como uma mãe ao seu filho.

A cena era tranquila, mas dentro de mim uma dolorosa batalha era travada. Meu corpo estava entorpecido, a única coisa que eu sentia era a tristeza se espalhando pelas minhas veias como um veneno. As lágrimas formavam caminhos em minha face, meu vestido já não tinha mais a barra branca, mas sim marrom da terra que havia grudado nela. Qualquer um que passasse por ali naquele momento saberia a confusão que dominava minha essência.

As Lembranças pulavam vividas em minha mente, me ofuscando e transportando para o passado. Em segundos a noite tinha sido substituida pelo dia ensolarado em que vi Bruno sair pela porta de casa, mochila no ombro, farda nova recém passada, cabeça erguida e passos firmes. O caminhão do exército o esperava do lado de fora do portão com o motor ligado, sinal de que não demoraria muito para partir.

Fiquei encostada no portal de casa. Minhas mãos se mexiam sem parar dando nós nos dedos, dentando conter a enchorrada de sentimentos que estavam prestes a me inundar. Em um momento, num singelo segundo, Bruno olhou sobre o ombro, seus olhos cor de âmbar refletindo os raios de sol que havia escapado por entre as poucas nuvens que caminhavam lentamente no céu, deixando-os mais brilhantes que o normal. Um sorriso triste apareceu em seu rosto enquanto ele batia continência para mim.

Aquele gesto fez com que a minha máscara de tranquilidade desmoronasse. Meus músculos já não obedeciam aos comandos do meu cérebro, que batalhava para tomar o controle novamente. Mas daquela luta meus instintos saíram vitoriosos, impulsionando meu corpo para frente. Corri pelo jardim, meus pés amassando a grama verde sem prestar atenção, apenas querendo diminuir a distância entre nós. Envolvi o pescoço de Bruno com meus braços e afundei meu rosto em seu ombro, inspirando o perfume amadeirado que já estava entranhado em sua pele, nos lençóis da cama, em minha vida.

- Por favor, volte para mim - Solucei para ele, minha garganta ardendo com o esforço necessário para expulsar as palavras - Me prometa que vai voltar!

- Eu juro, Mel - Ele me abraçou apertado, seus lábios encostados em meus cabelos, um hábito adquirido com o passar do tempo - Juro pelo que sinto por você que voltarei de algum jeito.

- Eu te amo - Consegui falar, grundado meus olhos em seus rosto, guardando na memória seus traços uma última vez.

- Para sempre - Bruno completou, tocando seus lábios delicadamente nos meus.

Um último beijo. Carregado de sentimentos, de frases que não foram ditas, de mensagens subentendidas, de esperança. Um beijo com gosto diferente. Gosto amargo que grudou na garganta e que, com o passar dos dias, formaria um nó apertado de saudade. Seus lábios eram quentes contra os meus, que pareciam cubos de gelo devido ao desespero que me consumia. Apertei meus braços ainda mais ao redor do seu pescoço tentando a todo custo prolongar aquele último momento.

Por fim Bruno me colocou novamente no chão, acariciando meus braços antes de soltá-los cuidadosamente do seu pescoço. Eles cederam sem dificuldade sob seu toque, mesmo que eu estivesse usando todas as forças que me restavam. Ele juntou minhas mãos sobre seu peito, cobrindo a corrente com seu nome que pendia sobre a farda. Meus dedos alisaram as duas plaquinhas de aço, e logo em seguida a aliança de ouro branco que havia-nos unido anos antes. Seus olhos encaravam minhas mãos com intensidade, vendo meus dedos passarem seguidas vezes pela frase gravada no interior da aliança: per sempre.

O motorista buzinou impaciente, como se não entendesse a complexidade daquele momento. Bruno finalmente soltou minhas mãos, virando de costas e correndo até o caminhão. Minhas pernas falharam quando meu peso se apoiou inteiramente nelas, me deixando de joelhos em meio as flores do jardim. Bruno se afastava rapidamente a bordo do caminhão, seus olhos fixos nos meus até que eles sumiram na estrada.

Fechei os olhos tentando imaginar que tudo aquilo não passava de um terrível pesadelo, e que ao abri-los Bruno estaria ao meu lado. Mas não foi o calor dos braços dele, e sim o vento frio que envolveu meu corpo, me trazendo de volta para o presente, para a noite escura e impenetrável que se estendia a minha volta. Senti a nova remessa de lágrimas que escorregava pelas minhas bochechas, respingando no envelope que minhas mãos estavam segurando com firmeza. Ele fora entrega a mim minutos antes por um par de soldados fardados, ambos com expressões solenes. Aquele pedaço de papel pardo era a minha última esperança, a última âncora que me ligava a sanidade.

Meus dedos abriram trêmulos o lacre de cera verde-escuro, derrubando todo o conteúdo do envelope em meu colo. Meu coração se apertava com medo da confirmação do que ele já sabia. Desdobrei a folha de papel que estava junto com outros itens e reconheci imediatamente a letra que estava escrita nela. Segurei frouxa entre os dedos a corrente dele, passando a superfície do anel pela palma da mão enquanto lia com avidez, mesmo com a pouca luminosidade que chegava até mim da varanda de casa.

Melissa,

Se você esta lendo essa carta é porque eu não poderei cumprir minha promessa de forma plena.

No dia da minha partida jurei que voltaria de qualquer forma para você; e por meio dessa carta tento cumprir meu juramento. Gostaria de lhe falar algumas coisas que nunca consegui dizer pessoalmente, ou não tive coragem de fazê-lo.

Lembra do dia que nós nos vimos pela primeira vez? Aquele dia que eu me esbarrei em você naquele parque de diversões, derrubando sua bebida na minha blusa? Bom, confesso que aquele esbarrão não foi puro acaso do destino. Naquele mesmo dia de manhã, quando eu te vi andando distraída pela beira da praia, os cabelos refletindo o sol que ainda começava a aquecer no céu, soube que meu coração não pertencia mais a mim. Ele era propriedade do anjo que passou caminhando pela minha frente.

Também preciso pedir desculpas pelas brigas que tivemos. Se eu tivesse a menor ideia do quão curto nosso tempo juntos seria, afinal de contas cinco anos não são nada comparados ao tempo que eu sonhei passar ao seu lado, nossas discussões não teriam acontecido na maioria das vezes. Em nenhum momento eu quis magoar seus sentimentos ou me distanciar de você. Pra falar a verdade eu não conseguia imaginar minha vida sem você ao meu lado, nem que fosse por um segundo.

Eu quero também... Não, melhor, eu preciso te pedir desculpas por outras coisas.

Preciso que você me perdoe por não ter sido o melhor marido do mundo; por não ter podido te dar tudo que sempre sonhou; por ter sido ausente em alguns momentos importantes, ou indelicado nas piores ocasiões; preciso que você me perdoe por ser imperfeito. E, principalmente, preciso que você me perdoe por estar te fazendo sofrer nesse momento.

Espero que você saiba o quanto eu te amei e o quanto ainda te amo. E que entenda que esse amor nunca vai me deixar, ou esmorecer. Nem mesmo a morte conseguirá arrancá-lo de mim; ele faz parte da minha essência. Você é um pedaço indispensável de mim.

Tenho pouco tempo para acabar essa carta, então te faço apenas um pedido: viva.

Viva por nós dois. Viaje para os lugares que sempre quis conhecer, continue cantando no chuveiro, dance com as suas amigas, se apaixone novamente. Siga em frente. No começo pode ser difícil, mas com aos poucos as lembranças do que passamos juntos não vão ser mais dolorosas e você poderá conviver com elas e até mesmo contar os momentos mais engraçados para alguém sem derramar lágrimas de saudade; apenas com uma lembrança acolhedora dos instantes que vivemos.

Lembre com carinho de cada um desses momentos que passamos juntos e nunca se culpe por eles não serem tantos quantos você queria. Eu mais do que qualquer um queria que o tempo junto contigo fosse "per sempre".
Mel, minha menina.
Nunca se esqueça que a nossa história de amor é digna de ser eternizada nos livros.

Até logo.
Espero-te no infinito; ou para sei lá aonde as pessoas vão depois dessa vida.

Do eternamente seu

Bruno.


As lágrimas voltaram a embaçar minha visão; meu corpo era sacudido por violentos soluços de desespero. Eu nunca mais sentiria seus braços a minha volta; nunca mais seria acordada aos domingos pelos beijos dele; nunca mais sentaria na areia recostada em seu peito para ver o pôr-do-sol. A dor era excruciante ao ponto de eu não consegui me manter sentada, caindo de costas na areia macia.

Encarei o céu escuro que se estendia sobre mim, vendo em cada estrela que o pontilhava o brilho dos olhos dele. Minha mão se apertou involuntariamente ao redor da corrente de aço. Como Bruno podia ter imaginado que algum dia eu me esqueceria dele? Que eu conseguiria me apaixonar novamente?

Gritos cortavam a noite cheios de desespero; então percebi que eles saiam dos meus lábios; que eram eles que faziam meu corpo vibrar sob o vestido branco. Eles avançavam até o infinito do espaço, levados pelo vento; carregando meu sofrimento e angústia a todos que quisessem ouvir.

Abracei meu corpo apertado, fechando os olhos e tentando me imaginar novamente em seus braços. Tentando eternizar aquela lembrança na minha mente. Porque o que eu sentia nunca iria passar. Tudo relacionado ao Bruno em minha vida podia ser resumido na frase gravada tanto no anel que eu segurava em minha mão quanto na minha mente:

Per Sempre.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Strawberries

Quando seus lábios finalmente se tocaram, foi como se todo o oxigênio do mundo tivesse sido sugado. Como se os dois estivessem flutuando no espaço, rodeados apenas pelos astros. Como se uma supernova tivesse acabado de explodir em suas almas, e eles ainda estivessem envoltos em uma poeira cósmica brilhante.
Ele sentiu o sabor doce do morango, que alguns instantes atrás estava entre seus dedos, ainda guardado na boca dela. O sabor muito mais apurado do que o da fruta em si. O sabor da fruta misturado com o dela, que personificava o sentimento mais puro que ele já havia sentido: o amor.
Seus dedos escorregavam pela pele macia que rodeava a cintura dela, ainda quente pelo sol recém posto. Os olhos firmemente fechados, com medo de que tudo aquilo não passasse de mais um sonho perfeito. A pequena e delicada mão dela lhe acariciava o cabelo, desencadeando reações em seu corpo que ele nunca havia experimentado antes.
E por fim, a necessidade, a vil dependência pelo oxigênio, fez os dois se separarem, ofegantes, para tomar fôlego. Os olhos se encontraram, castanhos encarando castanhos, cada fibra deles voltadas apenas para o outro.
Esquadrinhando a face à sua frente, memorizando as marcas mais sutis, as sardas e os sinais, as cicatrizes de infância e as marcas de nascença, tudo que diferenciava o outro do resto do mundo, que o tornava único.
Era como se eles, ao fim daquele momento nunca mais fossem de encontrar. Como se eles fossem ser separados por uma força indestrutível, para sempre. E por isso, pelo medo de nunca mais ter a oportunidade de ver um ao outro, os olhos bebiam os detalhes, as mãos exploravam a superfície lisa da epiderme, tocando, alisando, sentindo.
Tentando com tanto afinco tocar a alma do outro, agarrá-la e guardar aquele bem precioso em algum lugar seguro.
Como se isso fosse necessário. Como se eles não soubessem que suas almas já haviam deixado seus corpos, se fundido em uma só, se elevando aos céus. Os braços apertados em um abraço, tentando fundir também seus corpos, como se apenas as almas não fosse o suficiente.
Então aquela sensação o domina, como se uma bola de fogo se formasse em seu estômago, subindo como uma chama eterna pela sua garganta, rasgando todos os tecidos que encontrava no caminho, tentando se libertar da prisão dos seus lábios.
Ela tamborila em seus dentes, procurando um ponto fraco para conseguir transpor o muro esmaltado. E por fim, quando um sorriso se abre no rosto dela, as barreiras se quebram, os muros desabam, se fragmentam. E o sentimento acuado finalmente ganha voz, rouca e insegura, acanhada e eufórica.
Sai em um rompante, como se estivesse queimando seus lábios, torturando seus sentidos. As palavras saem deslizando pelo ar, chegando aos ouvidos dela como um sussurro desesperado, oprimido.
O sussurro que continha as palavras mais preciosas, que ela tinha tanta pressa e apreensão de ouvir, mas que fizeram seu coração parar por um instante único, mágico.
- Eu te amo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O ar gelado entrava rapidamente pela minha boca entreaberta, ressecando minha garganta. Do outro lado da sala aqueles olhos cor de esmeralda me encaravam, um sorriso irônico vincava levemente a pele ao redor deles, mas sem nunca tirar seu magnetismo. Apertei a pistola com força na mão direita, me certificando que estava pronta para mais uma rodada.
Seus olhos aguçados não deixaram esse movimento passar despercebido. Automaticamente o sorriso sumiu do seu rosto. Seu braço que antes estava escondido nas costas apareceu, uma arma brilhava na sua mão. Nós seus olhos vi um lampejo de prazer pelo que estava por vir. Seu indicador se tencionou no gatilho. Minha mão apertou ainda mais a pistola.

Um disparo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Queria...

Queria poder ser cordial, e te perguntar como vai sua vida, como uma verdadeira amiga deveria fazer. Queria poder te perguntar como está seu coração sem medo que o meu se despedace ao saber que outro alguém conquistou o seu.
Queria poder arrancar do meu peito esse sentimento que me enlouquece, me obrigando a fazer loucuras, mesmo sabendo que elas são um erro. Queria poder lhe mostrar que a mulher certa para ti não é a que esta ao seu lado, com seus cabelos platinados e estômago mínimo, e sim eu.
Eu sou a mulher certa para você, porque mesmo quando todos lhe viram as costas, sou eu que lhe estendo a mão e ajudo a levantar, porque é o meu número que você disca quando precisa de palavras de conforto depois de um dia ruim no trabalho. Porque sou eu que ti acolho e mimo quando a mulher de cabelos platinados decide que namorar um moreno não é mais “in” e te troca pelo instrutor loiro da academia.
Queria poder te dizer que aquele sentimento que nasceu em minha mente pura de criança de 7 anos germinou e floresceu, dando belos frutos. Queria poder lhe mostrar que ele nunca sumiu ou diminuiu, apenas cresceu e se tornou mais forte, transbordando o meu ser, exalando pelos meus poros.
Queria te ter em minhas mãos por uma noite apenas, para mostrar de todas as formas conhecidas o tamanho do meu sentimento por ti. Amor puro, sentimento primordial, que nos gerou e nos faz gerar. Que move o universo, as constelações, e também me motiva a escrever essas palavras.
Queria poder acabar essa carta, selá-la com o doce mel dos teus lábios, que ainda guardo nos meus daquele beijo roubado a muito, e remetê-la a ti, o único amor da minha vida. Queria ter coragem de gritar essas palavras para o mundo inteiro ouvir, ao invés de queimá-las e deixar apenas que a fumaça carregue até o infinito minhas palavras de amor.
Queria poder bater a porta da sua casa nesse domingo chuvoso e dizer com toas as letras um sonoro ‘eu te amo’ e esperar que um sorriso ensolarado se abra em seu rosto, me brindando com o calor envolvente de um sentimento correspondido.

Queria... Simplesmente você.

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